Natal. Tempo de se festejar, desejar a conquista da prosperidade. Tempos Modernos.
O que pouca gente sabe é que há 30 anos o mundo perdia um gênio do humor na sétima arte, Charles Spencer Chaplin. Um mestre capaz de explicar a vida de uma maneira simples e irônica como qualquer vida boa.
“A vida é uma tragédia se a vê de perto, mas uma comédia se olha de longe",
Em sua homenagem, uma poesia sobre aquilo que a gente não sente passar, mas foge. E quando abrimos os olhos para ele, já é tarde.
O Tempo
O instante é memória
Só se pensa quando passa
E envelhece na vidraça
Olhando o seu amor amar
Entradas que se abrem
Cores que se perdem no branco
Veias que penetram a pele
Em uma geografia perfeita do tempo
Não se procura a fruta mais bonita
A que está ao alcance já satisfaz
E a vida, com seu complexo labirinto
Deixa bilhetes em paredes que cismo em passar
As grafias aceleram os ventos da tempestade
Os retratos encharcam emoções em nossas janelas
A saudade entra como um mal-súbito
Socando o peito com batidas secas
E assim, criam rios na cara do presente
Que em um simples encontro com o passado
Perde a noção daquilo que já não se tem
Do que já não volta
De tudo aquilo que a vida já viveu.
® Jorge Lopes Abrahão
quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
Uma tragédia de perto, mas uma comédia de longe
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quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
Gente humilde
Nas vésperas de completar seu centenário, Oscar Ribeiro de Almeida de Niemeyer Soares declamou toda sua poesia, já impressa em pilares, com olhos sedentos por vida.
Em uma entrevista para BBC, Niemeyer faz declarações com simplicidade de um nobre que sabe o seu valor, mas não espera o reconhecimento de ninguém.
Chico Buarque diria: “É Gente Humilde, que vontade de chorar.”
Kinho Vaz traduziria: “Sempre vale a pena sonhar/ Todo sonho é bom, viver/ Você tem que acreditar/ Vai acontecer.”
Que nó na garganta...
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Paradoxo
Sol e chuva. Velocidade no congestionamento. Calor glacial. Fernando Henrique Cardoso. Estes são os exemplos mais claros desta famosa figura de linguagem. Aliás, a cara do nosso país é um paradoxo.
A começar pela bandeira. Um artigo que tem como finalidade dar identidade a alguma instituição. Benjamin Constant, em um lapso de consciência, liberou o decreto nº 4 de 19 de novembro de 1889 adotando oficialmente as palavras Ordem e Progresso para simbolizar esta nova república. Brincadeira? Só pode ter sido.
Mas brincadeira mesmo vem agora. O órgão da ONU responsável pelo desenvolvimento anunciou esta semana que o Brasil conquistava o patamar de “alto desenvolvimento humano”, de acordo com um levantamento elaborado desde 1990. E aqui começa a piada: o mesmo ainda teve a audácia de afirmar apresentamos avanços importantes em educação, saúde e riqueza.
De fato moramos em um país rico, mas somente em recursos naturais. Saúde? Bem, temos para dar e vender. Quem não quiser comprar tem que chegar cedo para pegar senha. Educação? Uma beleza de paradoxo.
Essas maravilhas de frases não caem no vestibular... Ajudaria tanto!
Isso se o pessoal soubesse ler. No último ranking produzido pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) os estudantes brasileiros foram classificados como uns dos piores do mundo no conhecimento da matemática e na capacidade de leitura.
Pelo visto, estamos de parabéns. Afinal, conquistamos uma posição no ranking! Resultado de nossa ordem trabalhando para o progresso.
Enquanto isso, o povo brasileiro continua somando e dividindo.
Garçom mais dois! E meia porção de aipim, por favor.
Referência: BBCBrasil.com
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terça-feira, 11 de dezembro de 2007
Não vai cair ninguém! Todo mundo aí... Olhando pro alto!
Presos inicialmente no crescente número de mulheres fazendo prática de esportes, um grupo de jalecos brancos lá da terra dos Cangurus inventou sensores que, ao serem acoplados no tecido do sutiã, monitoram os movimentos dos seios durante o exercício físico.
Depravados? Não... Tudo bem que o sobe-desce, até certo ponto, é gostoso de se ver, mas elas sofrem, acredite! Pra começar, em uma pesquisa feita no Reino Unido, descobriram que 70% das mulheres usam números inadequados aos seus formatos. Alguém sabe por quê?
Este foi apenas o primeiro passo. Agora, eles pretendem desenvolver um sutiã inteligente, capaz de alterar as regulagens das alças de acordo com os movimentos realizados. Assim, eles acreditam reduzir o índice de dores nas costas, consertar a postura corporal e manter durante mais tempo os biquinhos voltados para a lua.
Elas agradecem.
A gente mais ainda.
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domingo, 9 de dezembro de 2007
Vai com Deus!
Comemorar? Como?
Hoje morreu Hugo Ronca Cavalcanti, vítima de bala perdida no Alto Leblon semana passada. Morte inaceitável para qualquer ser humano. Ainda mais por se tratar de uma criança que jogava futebol com os seus colegas quando foi atingido. Que Deus abençoe Hugo e dê forças para toda sua família.
Tem vezes que a fuga inexplicável de um acidente fatal gera polêmicas que glorificam a sua constante preocupação em olhar por nós. Tanto que até dizemos: “Ele se salvou porque não era hora de morrer. Deus o tirou do caminho daquele carro e mudou seu destino.”. Ah, ta certo! Então quer dizer que era a hora de Hugo, assim como era hora de tantos outros que tiveram suas vidas interrompidas por outros calibres? Pelo amor de Deus!
A revista Carta Capital traz esta semana uma questão sobre a existência ou não do cara lá de cima e, junto com a indagação, um dado bastante curioso. No Brasil, onde sua maioria esmagadora de habitantes é católica, livros que exaltam sentimentos ateístas estão conquistando não só as prateleiras, mas um lugar entre os mais vendidos. Com certeza seus editores rezaram muito antes de lançá-los neste mercado. Hoje, dão graças a Deus.
O fato é interessante. Ainda mais se pararmos para pensar que o público que compra livros são os de maior poder aquisitivo e, consequentemente, melhor formação. Pessoas informadas e formadores de opinião, prontos para destruir dogmas e encarar a realidade não com maçãs e serpentes, mas como um campo repleto de pragas. Deus que me livre!
É... Que livre todos nós, porque na hora que a coisa aperta, é nele que a gente se apega. Cada um tem o seu santo, sua crença, o seu Deus. Uma força que motiva a vida de muitos e que garante uma riqueza incalculável no Vaticano.
Melhor deixarmos essa prosa de lado.
Fica com Deus.
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sábado, 8 de dezembro de 2007
Cochicharam alto demais...
Gente, tudo bem colar em uma prova e outra... Como diriam os nossos pais “você só está se enganando...”. Mas pior do que colar é ter alguém enchendo a sua paciência pedindo a questão 3. E pode ter certeza, sempre acontece quando você não pode falar. “Já tem a três? Passa logo! Tô só te esperando... Vai! Ele não tá vendo não!” E nessa o mocinho acaba rodando. Uma prova de que nem sempre ser solidário faz bem.
Se tudo que você faz volta, tem gente que não deve voltar mais...
O Departamento de Polícia Rodoviária Federal cancelou nesta quinta-feira a prova que preencheria 340 cargos no Pará e Mato Grosso. Motivo? Hã... Um burburinho no canto da sala! Segundo a PRF, sua Coordenação de Inteligência detectou indícios de fraudes.
Com certeza ocorreu a velha questão da solidariedade. Quem tem passa para os demais. Só que, desta vez, quem ficou sem resolveu colocar a boca no trombone. Simples. Alguém recebeu as questões (costumam a comprar, mas vamos pegar leve...) de outro ser inteligentíssimo, membro da organização, e comentou com uns amigos para dar uma de malandro... Aí já era... Foi um corre-corre para fazer inscrição, pagar a taxa, esperar o cartão de confirmação e pressionar o CDF-sabe-tudo.
Na certa eles não quiseram acertar com o NERD o preço de sua aprovação e foram obrigados a dedurá-lo. Que feio. Mal caratismo! Covardia! No colégio seria digno de “gelo” por uns três dias.
A galera que não teve a sorte de conhecer um contato tão bom quanto o do nosso colega perdeu a chance de pôr à prova seus conhecimentos. Talvez até a grana da inscrição. Tem dúvida?
Concurso Público é sempre a mesma história. A gente sabe que tem cola rolando, mas não deixa de fazer. Quem sabe não muda da próxima vez?
Pessoal, por favor, sejam solidários e colem mais baixo. Tem gente aqui querendo fazer a prova...
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Essa eu tenho que contar!
Parece até cena de desenho animado, mas não é. O fato é que as coisas acabam ficando bem mais fáceis quando se tem poder.
Aconteceu na delegacia de Campo Mourão, no Paraná. O prefeito Aristóteles Dias dos Santos Filho (PMDB), cassado e acusado de comprar a morte de Manoel Custódio Ramos (PMDB), recebe uma entrega em domicílio de seu “companheiro” Edson Rudeck, secretário municipal de Agricultura e Meio Ambiente da cidade de Fênix.
O que tinha naquela bolsa? Com certeza vamos morrer sem saber. Isso porque não houve vistoria à encomenda ou qualquer resistência à situação um tanto quanto inusitada, para nós mortais.
Enquanto esposas arriscam sua vida enfiando celulares, armas e outros artigos em seus mais diversos orifícios corporais para burlar a revista, um político recebe uma encomenda em sua cela pela janela. E de cordinha!
Ah não... Chama o garçom e manda voltar.
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sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
Amigo é pra essas coisas...
É um prazer incalculável começar nosso Papo de Mesa com o grande baixinho. Sem duplo sentido, gente. Ele de fato merece respeito.
Não é qualquer um que da noite para o dia, logo após de uma bela noitada, assume um dos grandes times do Rio. Grande? É. Esqueçam o carinhoso apelido de “vice” e lembrem apenas das glórias. Dinamite! Pronto... Lembrem o Vasco de Dinamite.
Ah se fosse aquele time... Com certeza, ficaria mais fácil o desafio de comandar a equipe do Vasco neste Carioquinha. Acho que ele nem precisaria ficar na área técnica. Muito menos entrar em campo como em sua primeira aventura de comandante
O mais interessante são os bastidores. Hoje, perambulando pelo blog de Gilmar Pereira (http://extra.globo.com/blogs/futebol/#83130), descobri que amigos próximos de Romário estariam “aconselhando” ao baixinho para que ele não entre nesta rabuda. E para nossa gargalhada, o autor do conselho é o atual técnico da Seleção, Dunga. Esse mundo está perdido...
Tudo bem... A gente sabe que quem avisa amigo é, mas vamos combinar... É um tanto quanto hilário.
Dunga nunca foi técnico, talvez nem tão jogador, e “recebeu” de cara o convite para comandar a única seleção pentacampeã do mundo. Que disparaste... Em um país repleto de grandes técnicos especialistas em levantar defuntos, a CBF resolve caçar novos talentos.
Mas o fato é que ele avisou ao baixinho: “Sai dessa!”. Uns acham que é para o bem da imagem do seu amigo, outros já dizem que é medo de perder seu cargo para mais um jovem talento.
E aí? Será que baixinho assume, junto com a sua careca que anda lhe causando problemas, o time do Vasco ou escuta conselhos de profissionais calejados no assunto?
Tome um gole, respire fundo e mexa a nossa mesa.
Postado por Palavras que o vento não leva às 23:19 1 comentários