quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Uma tragédia de perto, mas uma comédia de longe

Natal. Tempo de se festejar, desejar a conquista da prosperidade. Tempos Modernos.

O que pouca gente sabe é que há 30 anos o mundo perdia um gênio do humor na sétima arte, Charles Spencer Chaplin. Um mestre capaz de explicar a vida de uma maneira simples e irônica como qualquer vida boa.

“A vida é uma tragédia se a vê de perto, mas uma comédia se olha de longe",

Em sua homenagem, uma poesia sobre aquilo que a gente não sente passar, mas foge. E quando abrimos os olhos para ele, já é tarde.


O Tempo

O instante é memória
Só se pensa quando passa
E envelhece na vidraça
Olhando o seu amor amar

Entradas que se abrem
Cores que se perdem no branco
Veias que penetram a pele
Em uma geografia perfeita do tempo

Não se procura a fruta mais bonita
A que está ao alcance já satisfaz
E a vida, com seu complexo labirinto
Deixa bilhetes em paredes que cismo em passar

As grafias aceleram os ventos da tempestade
Os retratos encharcam emoções em nossas janelas
A saudade entra como um mal-súbito
Socando o peito com batidas secas

E assim, criam rios na cara do presente
Que em um simples encontro com o passado
Perde a noção daquilo que já não se tem
Do que já não volta

De tudo aquilo que a vida já viveu.

® Jorge Lopes Abrahão

4 comentários:

Anônimo disse...

tempo... tempo... tempo... tempo...
Parabéns pela bela visão.
Marcos ABrahão

Anônimo disse...

Meu caro, o tempo é uma qualidade inerente do homem.
Temos que estar atentos para que ele não passe sem ser tocado.

Augusto Ramos Vaz....eisssss......

Fernanda Vaz disse...

Menino, c eh bom nisso !! rs
Mt boa a poesia.
:)

Anônimo disse...

Beleza de sangue !


"Sangue árabe não vira água"