domingo, 9 de dezembro de 2007

Vai com Deus!

Deus que me perdoe, mas ele está em baixa com a nossa galera. Pra você ver como o seu passado e futuro andam nos maltratando, aí vão duas lembrancinhas... Ano passado nem chegamos à final da Copa do Mundo e, em 2008, a maioria dos feriados caem nos finais de semana. Pô?! Vai me desculpar, mas parece que se esqueceu da gente que trabalha o ano inteiro e merece motivos para comemorar.

Comemorar? Como?

Hoje morreu Hugo Ronca Cavalcanti, vítima de bala perdida no Alto Leblon semana passada. Morte inaceitável para qualquer ser humano. Ainda mais por se tratar de uma criança que jogava futebol com os seus colegas quando foi atingido. Que Deus abençoe Hugo e dê forças para toda sua família.

Tem vezes que a fuga inexplicável de um acidente fatal gera polêmicas que glorificam a sua constante preocupação em olhar por nós. Tanto que até dizemos: “Ele se salvou porque não era hora de morrer. Deus o tirou do caminho daquele carro e mudou seu destino.”. Ah, ta certo! Então quer dizer que era a hora de Hugo, assim como era hora de tantos outros que tiveram suas vidas interrompidas por outros calibres? Pelo amor de Deus!

A revista Carta Capital traz esta semana uma questão sobre a existência ou não do cara lá de cima e, junto com a indagação, um dado bastante curioso. No Brasil, onde sua maioria esmagadora de habitantes é católica, livros que exaltam sentimentos ateístas estão conquistando não só as prateleiras, mas um lugar entre os mais vendidos. Com certeza seus editores rezaram muito antes de lançá-los neste mercado. Hoje, dão graças a Deus.

O fato é interessante. Ainda mais se pararmos para pensar que o público que compra livros são os de maior poder aquisitivo e, consequentemente, melhor formação. Pessoas informadas e formadores de opinião, prontos para destruir dogmas e encarar a realidade não com maçãs e serpentes, mas como um campo repleto de pragas. Deus que me livre!

É... Que livre todos nós, porque na hora que a coisa aperta, é nele que a gente se apega. Cada um tem o seu santo, sua crença, o seu Deus. Uma força que motiva a vida de muitos e que garante uma riqueza incalculável no Vaticano.

Melhor deixarmos essa prosa de lado.

Fica com Deus.