Tem coisa mais bonita do que “Paradoxo”? Quando essa palavra é usada, o seu discurso ganha vigor. Ganha vida. Ainda mais sendo uma argumentação acusativa da fala alheia. “Você está sendo paradoxal!”. Quem escuta, até acredita e se imagina, mesmo que por um segundo, o culpado da história.
Sol e chuva. Velocidade no congestionamento. Calor glacial. Fernando Henrique Cardoso. Estes são os exemplos mais claros desta famosa figura de linguagem. Aliás, a cara do nosso país é um paradoxo.
A começar pela bandeira. Um artigo que tem como finalidade dar identidade a alguma instituição. Benjamin Constant, em um lapso de consciência, liberou o decreto nº 4 de 19 de novembro de 1889 adotando oficialmente as palavras Ordem e Progresso para simbolizar esta nova república. Brincadeira? Só pode ter sido.
Mas brincadeira mesmo vem agora. O órgão da ONU responsável pelo desenvolvimento anunciou esta semana que o Brasil conquistava o patamar de “alto desenvolvimento humano”, de acordo com um levantamento elaborado desde 1990. E aqui começa a piada: o mesmo ainda teve a audácia de afirmar apresentamos avanços importantes em educação, saúde e riqueza.
De fato moramos em um país rico, mas somente em recursos naturais. Saúde? Bem, temos para dar e vender. Quem não quiser comprar tem que chegar cedo para pegar senha. Educação? Uma beleza de paradoxo.
Essas maravilhas de frases não caem no vestibular... Ajudaria tanto!
Isso se o pessoal soubesse ler. No último ranking produzido pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) os estudantes brasileiros foram classificados como uns dos piores do mundo no conhecimento da matemática e na capacidade de leitura.
Pelo visto, estamos de parabéns. Afinal, conquistamos uma posição no ranking! Resultado de nossa ordem trabalhando para o progresso.
Enquanto isso, o povo brasileiro continua somando e dividindo.
Garçom mais dois! E meia porção de aipim, por favor.
Referência: BBCBrasil.com
Sol e chuva. Velocidade no congestionamento. Calor glacial. Fernando Henrique Cardoso. Estes são os exemplos mais claros desta famosa figura de linguagem. Aliás, a cara do nosso país é um paradoxo.
A começar pela bandeira. Um artigo que tem como finalidade dar identidade a alguma instituição. Benjamin Constant, em um lapso de consciência, liberou o decreto nº 4 de 19 de novembro de 1889 adotando oficialmente as palavras Ordem e Progresso para simbolizar esta nova república. Brincadeira? Só pode ter sido.
Mas brincadeira mesmo vem agora. O órgão da ONU responsável pelo desenvolvimento anunciou esta semana que o Brasil conquistava o patamar de “alto desenvolvimento humano”, de acordo com um levantamento elaborado desde 1990. E aqui começa a piada: o mesmo ainda teve a audácia de afirmar apresentamos avanços importantes em educação, saúde e riqueza.
De fato moramos em um país rico, mas somente em recursos naturais. Saúde? Bem, temos para dar e vender. Quem não quiser comprar tem que chegar cedo para pegar senha. Educação? Uma beleza de paradoxo.
Essas maravilhas de frases não caem no vestibular... Ajudaria tanto!
Isso se o pessoal soubesse ler. No último ranking produzido pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) os estudantes brasileiros foram classificados como uns dos piores do mundo no conhecimento da matemática e na capacidade de leitura.
Pelo visto, estamos de parabéns. Afinal, conquistamos uma posição no ranking! Resultado de nossa ordem trabalhando para o progresso.
Enquanto isso, o povo brasileiro continua somando e dividindo.
Garçom mais dois! E meia porção de aipim, por favor.
Referência: BBCBrasil.com
Um comentário:
É assim mesmo o Brasil... um grande paradoxo.
Conquistamos títulos, sem usufruir dos prêmios. Mas a vida é feita de índices e todos os nossos índicies são altíssimos, dos piores aos melhores.
Marcos Abrahão
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