O papo de hoje pode não ser bom para todos. Muitos com certeza vão se levantar e ir embora, outros ouvirão sem falar nada. Alguns sentirão um nó na garganta, enquanto a minoria perde a vergonha e molha a mesa com rios de saudade.
Quem disse que ela não dói? Um sentimento que só pode ser explicado em português. Na dor de cada dia, presença da ausência e no repleto vazio que se instala em nossos corações.
Ainda mais quando o que se ausenta sai por vontade própria. Separação anunciada, querida, criada e rasgada do destino criado como certo.
Como diria o nosso “poetinha camarada”, “A vida é a arte do encontro embora haja tantos desencontros pela vida.”
Tarde demais
Se um dia me perguntarem para onde vou, não digo
O meu destino permanecerá guardado para mim
Assim como o seu
Que ainda cisma em me esbarrar
E agora?
Não sei, mas seguirei em frente
Você também não ficará olhando para trás
Enxergues adiante um sorriso
Apaixone-se
Só não faça a mesma coisa com o coitado
Nunca fui bom de praga
Mas tu ainda pagarás
E olha que o amor cobra juros e mais juras
Assim como fizeste
Naufraguei em mares salgados
Com nascentes que regavam a boca
E secavam a minha voz
Perturbada por não ouvir a sua
Isolei o meu calor de outros quentes
Imaginando que ainda pudesse arder comigo
Naquelas penumbras que invadiam o leito branco
Molhado com gotas de ilusão que hoje evaporaram
O encaixe era perfeito,
Até mesmo em condições estranhas
Em um delírio por levitar mais alto
E satisfazia
Voavas leve
Tão alto que estrelas brilhavam nos olhos
A força perdia para gravidade
Enquanto saltávamos em piscinas rasas
Não quero voar
Pelo menos por agora
Mesmo que faça por outros ares
Mas dei a volta por cima
Construindo mais um sonho
De cada desilusão jogada ao chão
Presa ao seu sorriso saciado
Hoje não quero dar perdão
Só busco a sorte de alguém que saiba voar
Com a imperfeição do amor
Alimentando o prazer da incerteza
Para voltar a ser feliz.
® Jorge Lopes Abrahão
domingo, 6 de janeiro de 2008
Presença da ausência
Postado por Palavras que o vento não leva às 00:36 1 comentários
quarta-feira, 2 de janeiro de 2008
Novo circo chegando na cidade
Vai começar o circo... Aliás, já começou... Todo ano tem uma novidade nos fogos de Copacabana. Antes foram os foguetes que explodiram na areia, depois uma nuvem de fumaça que tampou todo espetáculo e esse ano... Ah era para arrasar... E arrasou...
Nosso amiguinho italiano Giancarlo Zanotto, sócio da empresa responsável pela queima de fogos na orla, acionou o dispositivo antes da meia noite. Ainda não tinha nem contagem regressiva e cores conquistavam o céu. Só para quem não estava no Leme, parte que pôde apenas apreciar nuvens coloridas.
O motivo? O relógio dele era analógico e estava 1 minuto atrasado. Como pode tão pouco tempo fazer tanta diferença?
Mas é ano novo! Está valendo tudo! E a partir da semana que vem, mais ainda. Isso porque vai começar o programa responsável por gerar cifras bilionárias para a Rede Globo de Televisão e lavar os cérebros que cismaram em assistir o Jornal Nacional. Está no ar o Big Brother Brasil e você vai acabar dando aquela espiadinha.
São meros trinta minutos capazes de fazer a maior parte da população brasileira esquecer de tudo o que acontece a sua volta. O Brasil dorme de acordo com o clima do episódio. Esse ano eles prometeram inovar. Serão mesclados romances mexicanos com brigas de peixeira e bastante intriga de fofoqueiros. Parece que já vimos este filme. O pior, uma, duas, três... sete vezes. Precisa da oitava?
Que pelo menos o número oito nos traga sorte. Afinal, 2008 está aí. É o ano do rato, o ano do 8 e para quem gosta de somar, o ano do 10. Superstição é que não falta pra gente embalar este ano que só conta com 7 feriados em dias de semana. Vamos ter que planejar bastante...
Pense. Mais um ano que começa. Um ciclo inventado para controlar a sociedade se reinicia. Não deixe que use você. Muito menos que atrofiem seus axônios. Invente. Inove. Transborde e busque a cada dia fazer a diferença.
Quanto ao novo ano?
Teremos pão e circo.
Um bom show para você também.
Postado por Palavras que o vento não leva às 22:19 3 comentários
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